Nas últimas semanas, temos acompanhado a ativa participação da juventude, que, em apoio à greve dos trabalhadores da Educação e em defesa da Educação Pública, gratuita e de qualidade, tem ocupado os seus Colégios para reivindicar as melhorias, construindo pautas internas e gerais. Visitei a ocupação do Colégio Estadual Visconde de Cairu no Méier, onde há vários ex-alunos que foram da E. M. Ministro Orosimbo Nonato; a ocupação do Colégio Estadual Matias Neto, em Macaé, levando doação de pães e a vivência do slackline; a ocupação do Colégio Estadual Luiz Reid, também em Macaé, que havia sido ocupada horas antes; e a ocupação do Colégio Estadual Antônio Houaiss, no Méier, levando doações e propondo algumas atividades. Abaixo, segue o panfleto conjunto dos aguerridos Movimentos Sindicalismo Militante e Quem Vem Com Tudo Não Cansa, em apoio à greve geral e às ocupações dos Colégios Estaduais. Só a Luta Muda a Vida e Não Vamos Pagar pela Crise! Ocupa Tudo!!!
TODO APOIO À GREVE E ÀS OCUPAÇÕES DOS COLÉGIOS
ESTADUAIS!
Desde
2008, acompanhamos mundialmente uma crise econômica, que traz como
consequências medidas aplicadas por diversos governantes para salvar os grupos
dominantes e prejudicar os trabalhadores e a juventude. Além de congelamentos
salariais, ataques à previdência e retirada de direitos históricos dos
trabalhadores, as perspectivas para os jovens em idade escolar são ainda mais
alarmantes, pois o prognóstico aponta o aumento do desemprego nas próximas
décadas.
Para
piorar a atual situação, no Brasil, os Governos de Dilma/PT e de
Cabral/Pezão/Dornelles, nos últimos anos, aplicaram e tentam aplicar ainda mais
medidas que atacam a Educação Pública. O governo Dilma anunciou e aplicou
sistemáticos cortes de verbas para a Educação, além de não negociar com
servidores federais, que precisaram deflagrar quatro greves nos últimos cinco
anos. E no Estado do Rio de Janeiro, Cabral e Pezão fecharam escolas, demitiram
funcionários, abriram espaço para a privatização por meio das Organizações
Sociais, impulsionaram a famigerada avaliação do SAERJ e cortaram recursos, ao
ponto de faltar docentes para diversas disciplinas do currículo escolar e até
mesmo a merenda para os estudantes.
O reflexo desta situação é a imensa precariedade na
rede estadual de Educação, sem o quantitativo necessário de docentes e
funcionários, com pouca estrutura física e pedagógica, ocorrências de assédio
moral, intensificação da meritocracia, falta de democracia etc. Como se não
bastasse este quadro, o Governo do Estado, por meio de decreto, transferiu o
pagamento dos servidores estaduais do segundo para o décimo dia útil e agora
retira da folha salarial aposentados com salários acima de R$2.000,00. Este
Governo trata com descaso os servidores e com isenções fiscais e benefícios os
empresários. A greve dos trabalhadores da Educação e agora a greve geral dos
servidores estaduais tomam conta das ruas, unificando as lutas em defesa dos
trabalhadores, da juventude e do serviço público estadual.
Neste
cenário, não temos dúvida de que apenas o caminho da luta organizada, coletiva,
autônoma e independente, unificando funcionári@s, professor@s e estudantes, é o destino para enfrentarmos os
governantes e ratificarmos que NOS NÃO VAMOS PAGAR PELA CRISE! Portanto, os
Movimentos Sindicalismo Militante e Quem Vem Com Tudo Não Cansa vêm por meio
desta carta manifestar seu irrestrito apoio à greve d@s trabalhador@s da Educação do RJ e às ocupações dos Colégios
Estaduais, que têm sido muito melhor administrados pela juventude aguerrida
de nosso Estado!