Sábado, 21 de agosto, parti do Rio de Janeiro para São Luís, capital do Maranhão. Começaria no dia seguinte o VIII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, com a temática “Infância, Juventude e Relações de Gênero na História da Educação”, onde na segunda-feira 23/08 apresentei minha comunicação individual “O Compêndio de Gymnastica Escolar de Arthur Higgins: formulações e concepções pedagógicas para a educação do corpo no início do século XX”(1), primeiro trabalho que apresentei num evento do campo de História da Educação. Mesmo sendo o motivo da viagem, o trabalho passo a coadjuvante diante do que segue abaixo.
Como até a semana anterior meu pedido de apoio pelo Programa de Pós-Graduação da UFRJ não havia nem saído da Faculdade de Educação, por já ter apresentado meu trabalho na segunda e pelo fato do Maranhão reservar diversas belas paisagens, os demais momentos foram de turista. Já tinha reservado quinta e sexta para passeios e acabei ganhando a terça e a quarta!
Antes de discorrer sobre as belezas dessa Unidade da Federação, gostaria de registrar meus agradecimentos pela carona e pela hospitalidade da família da colega Ketruin e também aos combativos e hospitaleiros companheiros do PSTU-Maranhão(2) pelas dicas, pela companhia e por me abrigar durante esse período [principalmente Rielda Alves, a professora Vanda, o professor e ativista do movimento hip hop Hertz (Quilombo Urbano[3]), o candidato a deputado estadual Eloy, o candidato a Governador Marco Silva, Wagner, Felipe e a família da candidata a vice-presidente Claudia Durans].
Na capital maranhense, passei por bairros e localidades como COHATRAC, COHAB, Liberdade [90% da população negra, onde treinaram as malditas tropas brasileiras situadas no Haiti], Ponta d’Areia, Centro Histórico etc. Não consegui conhecer a UFMA nem a UEMA, instituições públicas de ensino superior. Além da capital, estive nas cidades de Alcântara, Raposa, São José de Ribamar e Barreirinhas. Como nem tudo são flores, é perceptível e lastimável a forte influência da oligarquia Sarney no Maranhão.
Como não dá para descrever, postarei algumas fotos para apresentar um pouco das belas localidades por onde passei durante a semana. Infelizmente, o Submarino não colaborou ao atrasar o envio da máquina digital que tive que comprar após a minha mergulhar na Praia do Cumbuco, em Fortaleza, no mês passado. Algumas fotos foram registradas pelo celular e outras por máquinas da galera.
Bar Adventure, na Avenida Litorânea. Noite de 23/08.
No catamarã de São Luís para Alcântara, Cidade Histórica. 22 km de puro balanço. Manhã de 24/08.
Do Mirante. Ao fundo, antigamente funcionava a Câmara no segundo andar e a prisão no primeiro. Hoje a Prefeitura funciona no prédio todo. Miscelânea curiosa da casa dos políticos com a cadeia...
Ruínas. Mar ao fundo. Alcântara já foi capital do Grão-Pará!
Essa parte tivemos de atravessar num barquinho. Até ajudei a remar. Depois de andar durante horas, almoçar, só sobraram cinco minutos para a praia antes de voltar pra São Luís. No trajeto, algumas pessoas viram um golfinho! Eu fui na frente do catamarã, tomando banho a cada sobe e desce nas ondas. Tarde de 24/08.
Município de São José de Ribamar. Essa é a Praia de Araçagy, onde os carros percorrem sobre a areia sem atolar. Nessa aí eu fui sozinho, depois da tentativa frustrada de conhecer Raposa. Quando cheguei, não havia mais passeio porque a maré não estava propícia. Mas valeu demais conhecer Araçagy e almoçar um peixinho frito bem baratinho com uma ventania excelente. Tarde de 25/08.
Belo pôr-do-Sol em São Luís. Entardecer de 25/08.
Uma das mais de 3.000 lagoas dos Grandes Lençóis Maranhenses. Município de Barreirinhas. Para chegar às lagoas, são 10 km de passeio num caminhão que sacode demais. O nosso atolou umas vezes. Além do motorista e do guia, eu era o único brasileiro no grupo, que contava com um português e oito franceses. Tarde de 26/08.
Dunas, lagoas e o Sol.
Visitamos cinco lagoas. Apenas a Lagoa dos Peixes era funda, com pontos que chegavam a 2m de profundidade. Entardecer de 26/08.
Passeio de Lancha Voadeira pelo Rio Preguiças, que conta com 120 km de águas navegáveis, média de 9 a 12m de profundidade com pontos que chegam a 35m. Manhã de 27/08.
Fauna presente: o simpático quati. Essa parada foi em Vassouras, onde há os Pequenos Lençóis Maranhenses (estavam secos!)
Os papagaios bacanas e comilões.
Do alto dos 160 degraus do Farol das Preguiças, o visual do local denominado Mandacaru, onde guias-mirins de 5 a 8 anos recitam poemas e contam a história da localidade. Após Mandacaru, a parada mais longe é em Caburé, onde de um lado está o mar e do outro o rio.
(1) Em breve disponibilizo a versão completa virtualmente.