Desde que comecei a escrever sobre os jogos do Botafogo nesse Campeonato Brasileiro, é hora de inaugurar reflexões após uma derrota. O ataque que há duas rodadas era o melhor do campeonato, passou em branco. A defesa, que não tomava gol há quatro rodadas, levou apenas um, suficiente para a oferenda de três pontos para o atual Campeão da Libertadores da América. O time adversário conta com ótimos jogadores, boa troca de passes. Contudo, com um pouco mais de ousadia e categoria, poderíamos pelo menos ter mantido a invencibilidade com um empate.
No último texto, desafiei a superstição. O jogo passado não acompanhei, pois não encontrei nenhum local que transmitisse a vitória contra o Ceará na capital maranhense, onde me localizava. Não foi possível comentar o jogo passado no Engenhão. Apenas pude ver a bela jogada tramada por Herrera, que resultou no bonito gol de Jobson. Não ter comentado a última vitória e ver essa derrota hoje volta a deixar uma pulga atrás da orelha.
O histórico do confronto entre as duas equipes continua extremamente equilibrado. Em 2009, o Glorioso venceu as duas partidas contra o Internacional, sendo um dos grandes responsáveis pelo vice-campeonato do time gaúcho, que ainda esbarrou na atitude benevolente de seu arquirrival contra os rubro-negros cariocas para os mesmos garantirem a primeira colocação. É interessante percebermos que o Fogão, apesar das duas recentes vitórias em casa, caiu de produção. Vencemos duas por apenas 1 x 0, com dificuldades aparecendo. E hoje veio a quarta derrota no campeonato, custando a queda na tabela, que nos tirará temporariamente do G-4 para a Libertadores 2011.
No jogo de hoje, tanto o time quanto Joel cochilaram demais, respeitaram uma boa equipe demasiadamente. Os primeiros 35 minutos de jogo foram dominados pelo Colorado, com o alvinegro assistindo às investidas do adversário. E numa bobeada conjunta da zaga, Jefferson não pôde garantir o paredão. Nos últimos 10 minutos do primeiro tempo, cinco oportunidades criadas mostraram que seria possível virarmos o jogo após o intervalo. Logo nos primeiros minutos da segunda etapa, vale destacar o erro crasso do bandeirinha que marcou impedimente inexistente de Jobson, que ficaria cara a cara com o Renan! Já declarei em outras oportunidades não gostar da presença de Fahel no time, mas ele não comprometeu a ponto de ser o primeiro substituído. Édson errou tudo que tentou e a melhor opção seria sacá-lo para entrar logo com o Edno na ala esquerda. Marcelo Mattos fez falta. Maicossuel não rendeu e Somália errou todas as tentativas de dribles e passes. Com a contusão de Jóbson, Joel se equivocou posteriormente ao retirar Herrera, que vinha batalhando e arriscando jogadas, para trocá-lo por El Loco, que também entrou bem. O mais coerente teria sido a saída do Édson, totalmente perdido, que ainda quase entregou de bandeja o segundo gol do Inter numa recuada de peito para o Jefferson com a bola a 10 cm do chão.
Seria bem mais legal comentar a continuidade da ascensão, interrompida com o cochilo neste sábado, 28 de agosto. Mas valeu retornar de viagem e curtir o tira-gosto em família, sempre uma boa companhia. E aguardar as próximas duas rodadas desse turno, em que podemos retomar a expectativa de 100% de aproveitamento contra os dois Grêmios. O primeiro, paulista e fora de casa. E o segundo, com a torcida transformando o Engenhão num grande caldeirão para apoiar nosso retorno ao G-4 e começar o returno pronto para uma arrancada ainda mais ousada!
*Gabriel Marques
Botafoguense desde 30/05/1985
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