CONVITE PARA DEFESA DE MINHA MONOGRAFIA
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Curso de Especialização Saberes e Práticas da Educação Básica
Educação Física Escolar
Título
História e Historiografia da Educação do Corpo e do Ensino de Educação Física
Autor
Professor Gabriel Rodrigues Daumas Marques
Orientador
Prof. Dr. Marcos Antônio Carneiro da Silva
Banca
Prof. Dr. Marcos Antônio Carneiro da Silva (FE-UFRJ)
Prof.ª Dr.ª Irma Rizzini (FE-UFRJ)
Prof. Dr. José Jairo Vieira (FE-UFRJ)
Data, Horário e Local
Sexta-feira, 11/12/2009, às 17h, na Sala de Vídeo
(2º andar da Faculdade de Educação da UFRJ, campus Praia Vermelha)
Resumo
O trabalho discorre sobre a produção teórica acerca da história da Educação Física, cujo ingresso e consolidação nos programas escolares é marcado por influências diversas, como o militarismo, o higienismo e/ou o desportivismo. A partir da busca das expressões Educação do Corpo, Educação Physica, Gymnastica, História da Educação Física Escolar e História da Educação Física, foram encontradas, por meio do Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, 25 teses e 90 dissertações produzidas em Programas de Pós-Graduação de diferentes áreas e localidades do país entre os anos de 1994 e 2008. Referenciado teoricamente pelas contribuições do campo da História da Educação, nosso objetivo é investigar, por meio dos resumos, o universo dessa produção histórica e historiográfica, analisando mais detalhadamente os trabalhos pautados na Educação do Corpo e/ou no ensino de Educação Physica ou Gymnastica em instituições educacionais e/ou legislações de ensino, durante o período republicano no Brasil. Após essa significativa revisão de literatura, somada à articulação da obra de importantes autores do campo, percebemos que há muito que avançar na pesquisa sobre a história disciplinar da Educação Física.
Dedicatória
A meus avós Moacyr, Teresa e Dulce
A meus pais Mario e Talita
Á companheira Vanessa, a minha irmã Priscilla e todos os demais familiares
Que, ao longo desses 24 anos, contribuíram para minha formação
E estiveram presentes nas conquistas pessoais, acadêmicas, profissionais e políticas
Aos companheiros e companheiras de militância,
Principalmente do Coletivo Marxista e do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa,
Que combativamente direcionam suas forças e suas vidas
Para possibilitar a efetiva transformação da sociedade em que vivemos
Guiado por grandes sentimentos de amor, dedico.
Agradecimentos
A conclusão desse curso de especialização, ao final de 2009, certamente significa uma importante vitória e superação acadêmica, política e profissional.
Para ingressar no Curso de Especialização Saberes e Práticas da Educação Básica, o requisito era atuar na rede pública de ensino, uma coerente opção política da coordenação. Durante o processo seletivo, em 2008, atuava como professor contratado ao Setor Curricular de Educação Física do Colégio de Aplicação da UFRJ, instituição organizadora do curso conjuntamente com a Faculdade de Educação da UFRJ. A aula inaugural do CESPEB, em 3 de setembro de 2008, paradoxalmente acontece num dos dias em que mais sofri nesses 24 anos de vida. Entre 12 e 13h daquele dia, ocorrera a reunião do Setor de Educação Física do CAp, na qual fui cobrado e questionado por cinco professores – efetivos do colégio – pelo fato de minha assinatura eletrônica conter referência a meu cargo como Professor Ed. Física do CAp-UFRJ e ter sido veiculada por meio de listas eletrônicas após profundas críticas e posicionamentos contra o Plano Diretor da UFRJ, projeto que materializava o REUNI e o sucatemanto da Educação Superior promovido pelo Governo Lula/PT e implementado pela Reitoria de Aloísio Teixeira. A situação de constrangimento e pressão política sofrida impulsionou horas de choro e caminhada, solitariamente, pelas ruas da Lagoa e do Jardim Botânico, antes de me dirigir para a aula inaugural, no campus da Praia Vermelha.
No dia 4 de novembro, a prática arbitrária de coerção e retaliação foi confirmada. Apesar do desenvolvimento de uma excelente relação profissional com professores de outras áreas, funcionários, alunos, pais e responsáveis, licenciandos e professores da Prática de Ensino; da apresentação e implementação de um trabalho crítico e criativo como eixo norteador do Planejamento Pedagógico; da assiduidade e pontualidade e da participação ativa no cotidiano do Colégio – reuniões, conselhos de classe, Olimpíadas CApianas, Semana de Arte, Ciência e Cultura etc., depois de mais de 1 mês da decisão ter sido tomada, fui informado pelo Chefe do Setor que meu contrato não seria renovado para 2009, em virtude, segundo ele, de não me encaixar no perfil docente que o Setor desejava, decisão unânime dentre os professores do mesmo. Nenhum motivo ou argumento político, administrativo, pedagógico foi apresentado. As batalhas travadas política e institucionalmente nas semanas seguintes me desgastaram e desanimaram em diversas oportunidades, chegando a mencionar a possibilidade de me desligar do CESPEB, após ser classificado como péssimo profissional, nazista e moleque pela Direção do Colégio. No ano em que o CAp-UFRJ comemorava seus 60 anos de existência, tais atitudes destoam de sua referência para a Educação Pública e tentam desqualificar um professor recém-formado e com bastante disposição, energia, esperança e vigor.
O quadro acima demonstrou que, apesar de atuar na militância política desde 2000, o quanto é duro e difícil lidar com uma situação de perseguição política. Entretanto, após o resumido resgate dessa história, urge que agradeça o total, irrestrito, combativo e confortante apoio protagonizado por meus familiares e meus e minhas camaradas de militância, que posso considerar como duas grandes famílias. O presente trabalho é dedicado a eles e a elas justamente porque foi a partir de seu apoio que juntei forças para superar as noites mal dormidas e as lágrimas que escorriam ao recordar os embates diários. Ficam registrados meus agradecimentos a essas famílias, que se preocupam, discutem, orientam, mas principalmente se situam sempre ao meu lado, fornecendo os alicerces materiais, emocionais e políticos, que tanto contribuíram para minha formação humana.
Agradeço também:
Aos meus ex-alunos do Colégio de Aplicação da UFRJ, das turmas 13B, 14A, 14B, 15A e 15B, com quem convivi e aprendi demasiadamente durante o meu primeiro ano (2008) lecionando como professor de Educação Física.
Aos Licenciandos em Educação Física da UFRJ, que realizaram suas Práticas de Ensino Supervisionado nas tardes ensolaradas de terças e quintas no CAp-UFRJ, inovando e aprimorando nossas aulas.
Aos companheiros e companheiras de diversas gestões do Centro Acadêmico de Educação Física e Dança da UFRJ, que, desde 2003, fazem parte de meu ciclo de amizades, desenvolvendo relações sólidas de confiança, companheirismo e combatividade em defesa da Educação Pública e da transformação da sociedade, especialmente Cláudio, Brunão, Bruno G., Bruno Rodolfo, Bruninho, Murilo, Cinthia, Ian, Marcello, Luiz Carlos, Daniel, Vivian, Thiago, Gustavo e Elielsom. A Vera, Leila e Carlos, pela imensa contribuição e consolidação de meus conhecimentos marxistas. A Leonardo, Adolpho, Ludmila, Vinícius, Paulo Tiago, valorosos(as) companheiros(as).
Aos(às) signatários(as) da moção de repúdio à perseguição política no CAp-UFRJ, defendendo a renovação de meu contrato. A Ricardo Kubrusly, José Simões, Cinda, Ronaldo, Janete, José Henrique, Cleusa, Regina, Lucia, Leandro, Kátia, Eduardo, Dianne, docentes da UFRJ, pelo apoio político. A Themis, Adriana, Roberto, Luis Sergio, Jonas, Hajime, André, Waldyr, combativos(as) professores(as) de Educação Física, pelo apoio político.
Ao orientador da monografia e coordenador do curso de Educação Física Escolar Marcos Antônio Carneiro Silva e à coordenadora geral Maria Luíza Rocha, docentes sempre presentes e em quem podemos perceber o envolvimento para garantir a qualidade do curso bem como a sua continuidade pública e gratuita. Aos demais professores do curso, pelas aulas e discussões, em especial às Professoras Regina Celi e Lilia Pougy.
Aos demais componentes da Banca Examinadora, professores José Jairo Vieira e Irma Rizzini.
Aos colegas de turma, pelas animadas e envolventes aulas das noites de segundas e quartas e manhãs e tardes de sábados.
Desejo-te toda a sorte do mundo Gabriel!
ResponderExcluirVocê é especial e merece muito sucesso!!!
Bijins =D
Que este trabalho ÑÃO se torne apenas mais um trabalho e sim um instrumento de refexão e de luta que a Educação Física carece.
ResponderExcluirSucesso na sua apresentação.
E lembre-se que lutar é preciso e que vitória do proletariado é necessária e urgente.
Saudações marxistas,
Jonas