Começamos
a 14ª rodada com uma vitória parcial fora de campo. Apesar de nosso confronto
ser fora de casa, nossa diretoria agiu nos bastidores em defesa do gramado do
Engenhão. A CBF adiou o jogo dos pobres coitados sem estádio devido ao
ofício enviado pelo Botafogo para a Federação de Futebol do Rio de Janeiro
(FERJ). E enquanto a presidente deles se diverte em Londres – tal como a
mafiosa cúpula comandada pela tríade Dilma, Cabral e Paes – seu assessor especial Eduardo “Vassoura”
soltou a infeliz pérola de que nossa
torcida comparece ao Engenhão com “três ou quatro mil pessoas”. São muito
toscas essas baboseiras expostas publicamente sem qualquer fundamentação
científica, apenas querendo jogar para a
torcida enquanto não movem uma palha
para saírem da crise cíclica do sistema
flamenguista tampouco para terem seu próprio local de jogo. Sr. “Vassoura”,
a média de público do meu Glorioso é maior que à do clube da Gávea neste
Campeonato! E somos os responsáveis pela maior arrecadação da história do
Estádio – por mais que eu critique o preço dos ingressos, vocês nem chegaram
perto disso!
No
ano passado tive a oportunidade de ir ao Serra Dourada para o confronto com o
Atlético-GO. Este ano, depois de participar da IX Pelada da Esquerda, no Light (Grajaú) e marcar meus cinco gols,
comprovando minha média deveras superior à de postes como Rafael Marques, foi o tempo de tomar banho, vestir a
camisa preta do Fogão e partir para o churrasco na casa do camarada Bruno
Gawryszewski, cujo defeito é torcer pelo Flamengo. Apesar de vários alvinegros presentes, a torcida dos rivais pelo
insucesso do Glorioso incomodava e o receio da repetição do placar de 2011 –
derrota por 2 x 0, com gols marcados em menos de dez minutos de jogo –
incomodava muito mais.
E
o primeiro tempo caminhou ao encontro de meu receio. Sem criar oportunidades de
gol, o Botafogo começava a oferecer espaços ao rival. Para variar, quem conseguiu
aparecer mais que seus esdrúxulos penteados e cometer a infração dentro da área
para o árbitro assinalar o pênalti!? Sim, Fábio Ferreira foi capaz de aprontar mais uma. E,
apesar de tocar a bola chutada no meio do gol pelo goleiro Márcio, Jefferson
não evitou o gol dos dragões,
vice-lanternas da competição. Se nas arquibancadas nossa torcida dominava,
faltava a compreensão de nossos jogadores de que o mesmo seria possível em
campo.
Pouco
mais acordado no segundo tempo, com a troca do inoperante Rafael Marques por Fellype Gabriel, o Botafogo melhorava
o posicionamento em campo. Todavia, ainda se encontra totalmente aquém do que
precisa render se pretende disputar o título. Oswaldo de Oliveira nos solicitou paciência com o referido atacante,
mas a cada jogo que passa ela caminha para o esgotamento! Pela bola que ele
salvou em cima da linha, evitando o gol do rubronegro goiano, que o coloque na
vaga do Fábio Ferreira então! Outra troca foi a do machucado John Lennon pelo
jovem e meu xará Gabriel. A propósito, consideraria muito melhor que o técnico
tivesse fornecido a chance ao garoto da base, já que o titular Lucas fora
vetado.
Aos
18 minutos, o jogo parecia um treino de faltas. No primeiro chute, com a
barreira andando e diminuindo a necessária distância dos 9,15m negligenciada
pela arbitragem, nosso surinameso teve que acertá-la. No rebote, falta em Antônio
Carlos, esta mais perto da grande área. Aos
19 minutos, sem precisar usar palavras, o olhar do surinameso dizia: “É a chance!” E dessa vez não
teve jeito: se a coruja ali estivesse... Teria que ter sido trocentas vezes mais ágil que o goleiro
Márcio, espectador de camarote do
golaço de Seedorf! O primeiro com a camisa da Estrela Solitária! Seeeee-Doooorrrr-Feeee!
Oba! Oba! Era o empate do Fogão. Dez minutos após a bela e efusiva comemoração
coletiva do gol, se a nossa zaga
parece Os Trapalhões lá atrás, foi
para o ataque para ser decisiva em mais uma virada do Fogão. Fábio Ferreira fez belo cruzamento da
direita, Fellype Gabriel cabeceou forte, Márcio espalmou, Antônio Carlos pegou
novo rebote ofensivo, fornecendo assistência para novamente Fellype Gabriel
cabecear, só que dessa vez balançando as redes!
A
equipe adversária é fraca tecnicamente e forte candidata à Segundona 2013, mas
cresce nos jogos em casa. Foi um necessário triunfo, mais um fora de nossos
domínios territoriais e mais um placar em cheio acertado no Bolão! São três
pontos importantíssimos que nos fazem ganhar uma posição na tabela diante da
derrota do Cruzeiro e não permitem aos primeiros colocados um distanciamento. Quarta-feira, mesmo naquele absurdo horário
que atende aos interesses televisivos, é fundamental que ocupemos os setores do
Engenhão para presenciar a categoria de Seedorf e cantar para impulsionar o
Glorioso rumo à terceira vitória consecutiva no Brasileirão! Pra cima
deles, Fogão!
*Gabriel Marques
Botafoguense desde 30/05/1985
Ontem ao escutar o jogo do Botafogo na Radio Globo FM,que foi o único meio que eu tinha a minha disposição e que me emocionei muito. Relembrei dos tempos de roça, dos tempos que meu pai assistia o jogo do glorioso com um radinho de pilha. Foi ali que me apaixonei pela estrela solitária, foi a partir daquelas cenas freqüentes que sou Botafogo de coração.
ResponderExcluirDiana Oliveira
Que maravilhoso e que orgulho para nós botafoguenses, ter como profissional e torcedor, uma pessoa como você Gabriel Marques. Lendo seus textos, livros ou vendo suas palestras, me sinto cada vez mais próxima e apaixonada pelo botafogo. É um talento nato, que você continue nos presenteando sempre com suas palavras, com suas informações construtivas, ricas em conteúdos e principalmente envolventes.
ResponderExcluirFã, Diana Oliveira