28ª rodada do Campeonato Brasileiro. De um lado, nosso Fogão, que não perdera nenhuma partida para os times paulistas; do outro, o Guarani, que não perdera nenhuma para os times cariocas. Por conta dos compromissos profissionais, quinto jogo assistido na cidade de Rio das Ostras e dessa vez o pastel foi substituído por uma porção de batata frita e suco de laranja. Além da comentada, conturbada, especulada e polêmica ausência de Jobson, nosso paredão Jefferson estava ausente devido aos jogos da Seleção Brasileira e o zagueiro de penteado exótico Fabio Ferreira cedido ao Departamento Médico por seis meses.
Prata da casa e mais uma vítima da impaciência da torcida alvinegra, o goleiro Renan demonstrou, com apenas 2 minutos de jogo, que está à altura e preparado para substituir o melhor goleiro em atividade no país – Jefferson. Enquanto a zaga, com o retorno de Antonio Carlos e a entrada dos ex-reservas Danny Morais e Marcio Rosário buscava entrosamento, Fahel não comprometia e Leandro Guerreiro, com a raça e dedicação que lhe são peculiares, continuava apresentando seguro e bom futebol, inclusive arriscando subidas ao ataque. Somália tem lembrado os seus primeiros jogos no Botafogo, errando passes curtos, cruzamentos e dribles, ou seja, caiu demasiadamente de produção. No ataque, contávamos com o retorno da dupla Mercosul; e no meio, Túlio Souza e Lucio Flávio não repetiam a boa atuação contra a urubuzada. Com o cochilo da defesa e gol de cabeça do Barbosa aos 26 minutos, Joel Santana esperou apenas três minutos para sacar Túlio Souza, que obviamente saíra chateado, para a entrada do Edno, que há duas partidas também tem estado mal. O Guarani ainda pressionou aos 33 minutos, para nova defesa de Renan, até que o ataque Mercosul repetira jogada contra o Corinthians: cruzamento de Herrera para a mortal cabeceada do tsunami na área El Loco Abreu. 1 x 1 termina o primeiro tempo, mesmo placar da partida no Engenhão, do primeiro turno.
Vindo o segundo tempo, o alviverde paulista quase desempatou, esbarrando em Renan aos 9 minutos e passando rente ao travessão aos 14 minutos. Um minuto depois, contra-ataque alvinegro. Herrera e Loco contra dois adversários e o goleiro, mas o argentino preferiu arriscar da entrada da área em vez de passar para o uruguaio. Aos 17 minutos, Herrera corria em direção ao ataque; por trás, o adversário dá uma cutucada de leve e o goleiro vem pela frente na bola: queda do argentino e ombro machucado, forçando sua substituição pelo garoto Caio, que voltou a incendiar a partida ao entrar no segundo tempo. Aos 28 minutos, jogada de craque driblando os adversários e chutando para que a bola caprichosamente esbarrasse na trave... O menino está mesmo azarado! Sete minutos depois da trave, Somália enfim acertou uma: lançou bem forte, mas com muita velocidade Caio alcançou e cruzou rasteiro para El Loco, que se desdobrou todo para chutar para fora de esquerda em vez de bater direto com a perna direita. Joel ainda substituiu Lucio Flávio para a entrada de Renato Cajá, que entraria sozinho, cara a cara com o goleiro e novamente deixaria de usar a perna direita para a tentativa ao gol, aos 41 minutos. No finalzinho do jogo, o então capitão Leandro Guerreiro cometeu falta providencial e levou o terceiro cartão amarelo, ocasionando mais um desfalque para o jogo contra o Palmeiras.
Enfim, foi o sexto empate consecutivo do Alvinegro. Se, por um lado, não perdemos há seis rodadas; por outro, não vencemos há sete. Mantivemos a invencibilidade contra os paulistas e repetimos o resultado do primeiro turno. Foi o sétimo jogo com o placar de 1 x 1 e o 13º empate na competição. Dizem que de grão em grão a galinha enche o papo... Mas, nesse ritmo, não será possível acreditarmos no título. Como Fluminense e Corinthians foram derrotados nessa rodada, estamos a 9 pontos da primeira colocação e ainda há trinta pontos em disputa. No primeiro turno, nos 9 primeiros jogos, tínhamos 10 pontos; no segundo, estamos com 12 nos mesmos 9 confrontos. É preciso voltar a vencer e impulsionar o sprint final rumo ao bi. Amanhã vamos que vamos em peso para o Engenhão! Dá-lhe, Fogão!
*Gabriel Marques
Botafoguense desde 30/05/1985
O Botafogo tem q voltar a vencer e urgente!
ResponderExcluirEu mesmo já cansei de falsas promessas dessas diretorias e todos nós torcedores temos que cobrar mais, apertar mais esses caras. Assim não dá. Todo ano é a mesma merda no Botafogo.
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