sexta-feira, 3 de setembro de 2010

É proibido cochilar...*

Depois da cochilada contra o Internacional, que nos custou a saída do G4, a contusão do atrevido Jobson e a exagerada expulsão do garoto Caio, o forrózinho “É proibido cochilar...” deveria embalar o alvinegro na noite de quarta-feira, na cidade de Presidente Prudente. Entretanto, o cochilo permaneceu nos primeiros 45 minutos, fazendo com que o destaque desse período fosse nosso paredão Jefferson – comprovando sua merecida convocação para a Seleção Brasileira. Parecia um treino de ataque contra defesa e em 4 oportunidades o goleirão levou a melhor com belas e primordiais defesas. Merecem destaque também a segurança e a confiança retomadas a cada partida do xerifão Leandro Guerreiro, que tem contribuído bastante para evitar que os adversários balancem as nossas redes.

            Com a ausência de Jobson e o retorno do uruguaio como titular, o time mudou o estilo de jogo. Enquanto há menos ousadia e velocidade por um lado, há mais inteligência, experiência por outro. El Loco ainda está fora de forma (e deveria sim ter sido substituído. Não é hora de estrelismo!), mas as jogadas aéreas do Fogão foram exploradas novamente. Não fosse a falta de habilidade e pontaria do limitadíssimo Marcelo Cordeiro... Mais gols poderiam ter acontecido. A ligação entre o meio-campo e o ataque ainda está deixando a desejar, mas é certo que no intervalo Joel Santana conseguiu adotar algumas táticas para enfrentar o sonífero que tem nos prejudicado nos últimos jogos. Apesar de estar surpreendendo nesse Campeonato Brasileiro ao não ratificar em diversos momentos sua fama de retranqueiro, é possível avançar ainda mais, pois as potencialidades do atual elenco do Glorioso aparecem mais quando o time joga para frente, com velocidade e troca de passes. Para isso, a entrada de Edno no lugar de Marcelo Cordeiro na ala esquerda é uma pertinente opção. Em relação às substituições, acerto ao lançar o veloz Renato Cajá. Com sua canhotinha, passe perfeito para o Mago voltar a balançar as redes, também de esquerda, após contar com ligeiro auxílio de um montinho, que ajudou com precisão para que garantíssemos a oitava vitória na competição.

            Foi o primeiro jogo que acompanhei com a galera alvinegra de Rio das Ostras e estreamos com o pé esquerdo literalmente, conquistando a vitória e retornando ao G4, provisoriamente na terceira posição, o que certamente ainda é pouco! Para não passar despercebido, um Grêmio já foi (falta mais um no próximo sábado, diretamente do Engenhão para fechar o primeiro turno. Estaremos lá!). Resta saber quais os rumos de nosso adversário de ontem. Depois de situar-se em Barueri, agora se encontra em  Presidente Prudente. Onde estará no próximo ano? Coisas da profissionalização do esporte predileto dos brasileiros e mais ainda preferido por empresários que garantem lucros exorbitantes por meio de compra e venda de jogadores, construções de estádios e arenas esportivas, patrocinadores etc. Enquanto isso, nós pagamos ingressos cada vez mais caros para estar dentro de estádios construídos com dinheiro dos impostos que pagamos... Que o diga a atual arena alvinegra. Lidando com as contradições ao mesmo tempo em que construímos possibilidades de mudanças, não aceito nem o nome Stadium Rio tampouco do oportunista João Havelange. È o Engenhão, do Fogão, do povão!

            E que no embalo do “É proibido cochilar...” trilhemos as rodadas do segundo turno rumo ao segundo título do Campeonato Brasileiro!

*Gabriel Marques
Botafoguense desde 30/05/1985

Um comentário:

  1. Boa Gabriel!É proibido cochilar, e nesse ritmo, podemos esperar coisas melhores!
    Grande abraço
    Rodrigo

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