quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quinta-feira louca*

Há um bom tempo o Fogão não jogava numa quinta-feira à noite. E a primeira rodada do segundo turno, quando a arrancada precisa ser impulsionada, reservava, além desse dia, o Pacaembu e um badalado adversário, campeão paulista e da Copa do Brasil. Clássico de muita história, de clubes que formaram a base de Seleções Brasileiras campeãs mundiais e altamente equilibrado nas quantidades de vitórias para cada uma das equipes.

            Se os garotos da Vila claramente sentem a ausência de Ganso, Robinho e André; os rapazes de General Severiano lamentam os desfalques de Somália e Jóbson. À espera de muitos gols por conta do estilo ofensivo de Botafogo e Santos, o que prevaleceu foi a disciplina tática da defesa alvinegra, que conseguiu segurar o ímpeto santista. Quando a defesa vacilava, um elemento-surpresa mostrava por que é um dos melhores goleiros do país. 

            Os bem mais antigos que eu devem ter sentido falta dos clássicos de antigamente, quando erros grotescos de passe aconteciam, sem contar as pisadas e outras trapalhadas com a redondinha – Não falo da barriga do Joel! Nosso técnico continua enfrentando a fama de retranqueiro e hoje adaptou seu esquema à realidade do adversário, colocando Leandro Guerreiro e Marcelo Mattos para impossibilitar as investidas traquinas do time da Vila. Aos 39min do primeiro tempo, nosso zagueiro artilheiro Antonio Carlos foi puxado dentro da área, quando poderia ter feito seu sexto gol. Alessandro oscila momentos de altos e baixos e Marcelo Cordeiro segue sem acertar cruzamentos, inclusive feitos por meio dos escanteios. Fahel não comprometeu e até ajudou em alguns momentos, situação atípica; ainda prefiro o retorno de Lucio Flávio. E Renato Cajá, depois de alguns equívocos, acertou seu posicionamento e protagonizou bons momentos e disposição. Maicossuel continua sem o seu potencial de inspiração. E nosso guerreiro hermano, jogador que mais sofre faltas e o segundo que mais comete no Brasileirão 2010, recebeu novo cartão amarelo após resmungar da arbitragem, o que demonstra a garra do atual elenco. Caio novamente entrou bem no jogo, driblando, arriscando e sendo parado com pelo menos cinco faltas.

Quando a torcida sempre impaciente do Botafogo começava a dar sinais de insatisfação e eu próprio comentava a dificuldade dele jogar com os pés – o que é notório – nosso carismático El Loco Abreu mostrou sua estrela: domínio, lençol no fraco goleiro santista e bola nas redes, no final do jogo para garantir mais um placar de 1 x 0, mais três pontos fora de casa e ratificar a invencibilidade contra os paulistas na competição esse ano – três vitórias e quatro empates. E se a Vila não tem um paredão, nós contamos com Jefferson: sete importantes defesas e mais um jogo em que o Glorioso não sofre gol. Bacana a atitude de incentivo do elenco alvinegro, que ao final do jogo, cumprimentou e festejou loucamente com o uruguaio, consolidando essa quinta-feira louca.

Começamos bem o segundo turno, retornando ao G-4. Domingo é dia da torcida lotar o Engenhão para apoiar a Estrela Solitária contra mais um time paulista e prosseguirmos a ascensão, pois agora a reta é final.

*Gabriel Marques
Botafoguense desde 30/05/1985

5 comentários:

  1. Parabens pelo post cara!!
    O jogo foi sensacional mesmo, e o loco fez um puta golaço!!

    Grande abraço!!
    Rodrigo Molardi

    wwww.redacaoalvinegra.com.br/blog/central

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  2. e isso ai uma vitoria pra embalar proximo jogo em casa contra o sp q eh sempre um adversario dificil mais se vencermos iremos ganhar muita moral no campeonatooo
    pra cima deles fogao

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  3. Se esse gol não foi com habilidade nos pés, eu não sei o que é!

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